terça-feira, 19 de maio de 2009

DESANDOU TUDO

Quando eu era criança, se dizia que ficar com diarréia é está com a barriga desandada. Segundo o Aurélio, desandar é fazer andar para trás, retroceder, entrar em decadência. Assim vive o Brasil. Com uma diarréia crônica.
Chegamos num estado que até o céu brasileiro “se revoltou”. Convenhamos; tudo tem limite. O resultado é enchente no Nordeste e seca no Sul.
A natureza nos privilegiou; atualmente, conforme anunciado pelo Presidente do Brasil, somos auto-suficiente em petróleo. O país possui a terceira maior reserva natural de petróleo do mundo, porém vende o litro de gasolina mais caro, da América do Sul. Dá pra entender?
Temos a floresta mais rica do mundo, no entanto, está sendo devastada a cada dia, e isso gera destruição dos ecossistemas, exterminação das espécies e desestabilização das estações climáticas. Um absurdo, não é mesmo?
O país está de cabeça para baixo. A coisa desandou tanto, que o cinismo passou a dá Ibope. Este é o retrato do país:
É liderança política que fala muito, mas nunca tem conhecimento dos fatos. Isso é o que eles dizem: “não sabia”, “não sei”, “não é meu; não é meu”.
É violação do direito de governar, de quem foi eleito, para satisfazer capricho de quem não aceita ficar sem o poder de controlar.
É aprovação de emendas espúrias, aprovadas por um bando de gente que não si emenda.
É definição de cotas nas Universidades, para ratificar a realidade de racismo no país.
É prisão de traficantes de periferia, e liberdade dos tratantes de colarinho branco, que vivem na prática da patifaria.
É encarcerado passando final de semana em casa, para em liberdade, matar mais uma vítima da sujeira da “gentil pátria amada”.
Chegamos num nível de insensibilidade tamanha, que os pais jogam os filhos pelas janelas dos prédios, e as emissoras de televisão tiram proveito para ganhar audiência.
É torcida organizada matando rivais, e o grito de “gol” ecoando em todos os Estádios do país do futebol.
Da forma como estamos indo, não há cristão, digo, Brasileiro com “b” maiúsculo, que agüenta.
O Brasil vai de mal a pior. Somos um povo que se identifica com tudo, no entanto não possuímos uma identidade própria, definida. Por isso, a glória do passado é esquecida e a paz no futuro é incerta.
Soa na mente de cada brasileiro a seguinte questão: O que será desta nação, amanhã? Qual grandeza o futuro do Brasil vai espelhar?A pergunta é lançada no ar. É falada e também cantada. Cantada por quem já viveu e também por quem ainda vive, neste país. Renato Russo cantou: “Que país é esse?” e João Alexandre canta: “O que será do futuro do nosso país?”
O ditado popular diz: A esperança é a última que morre. Eu digo: A esperança pode até não morrer, mas muitos brasileiros com esperança à terra desce.
Como filho que não foge à luta, creio que no meio deste caos nacional, se manifestará o Gigante pela própria natureza, e levantará os filhos que estão deitados em berço esplêndido, para se tornarem parte de um povo heróico e de brado retumbante.
Só assim, este país será composto de um exercito de filhos com a mesma visão dos dois espias israelitas, que avançaram para conquistar a terra prometida; ao contrário dos desandados, digo, dos dez que não andaram.
Concordo com o que Kleber Lucas canta: “A vida é melhor, quando se têm, a coragem de contrariar, os caminhos da população”. Se cada um agir assim, não será preciso o Brasil chegar ao fim do túnel para ser iluminado pela Luz do céu profundo e do sol do novo mundo. Por meio Dele, com certeza, a Luz da liberdade brilhará no céu do Brasil.
Apesar de tudo, eu vou continuar acreditando que moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.

Um comentário:

  1. JESUS está voltando, e nós estamos como no tempo de Noé. Fazendo de conta que estamos nos preocupando com o Reino de Deus.
    Faço minha as palavras de Hamilton Werneck:
    "Você finge que ensina, eu fingo que aprendo. Você finge que paga, eu fingo que trabalho. Você finge que me ama, e eu fingo que sou amada.Você finge que governa, eu fingo que sou governada" Só a misericórdia de Deus, pode mudar esse País do fingimento.
    Parabéns pelo artigo.
    Neves Azevedo

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