segunda-feira, 29 de junho de 2009

A IMPORTÂNCIA DO NOME

Na vida poucas coisas são mais importantes que o Nome. Até Deus se autodenominou: No Velho Testamento é o Eu Sou, no Novo Testamento é Jesus Cristo, e depois do dia de Pentecoste é o Espírito Santo.
O Nome é tão importante, que está inserido em um dos dez mandamentos de Deus.
No decorrer dos tempos, nomear passou a ser motivo de estudo, daí surgiu a Onomástica e a Antroponímia, que trata do estudo dos nomes próprios e de pessoas.
O primeiro trabalho executado por Adão foi dar nome aos “bois”, e acho que não foi fácil. Tudo o que Deus criou tem nome, por isso podemos até dizer que, nesta vida tem nome pra tudo.
Bastou nascer, tem que registrar o nome; cresceu, tem que ter Identidade; morreu, tem que colocar o nome na lápide. Quando não se acha nome, se coloca qualquer nome; só não pode é ficar sem nome. Basta observar que até o espaço vazio dentro de uma lata tem nome: Filho, o que tem dentro da lata? “Nadinha”, mamãe.
Conheci um cachorro, cujo nome era Xô vê. “Xô vê” é redundância nordestina de “Deixa eu vê”. A família se reuniu para colocar o nome do animal. Quando alguém sugeria um nome, o outro dizia: Não gostei, xô vê outro. A coisa ficou tão difícil de dar nome, que acabaram chamando o coitado de Xô vê. A primeira vez que ouvi, pensei que era “chover” de chuva, mas me enganei.
O nome é fator determinante na vida de uma pessoa, e até mesmo de uma empresa, loja, repartição, cidade, estado e nação.
O nome pode aproximar ou afastar, porque fazemos relação do nome com aquilo que ele reflete; o nome pode gerar respeito, admiração e até gozação. Colocar nome de cantor, jogador e artista, nos filhos, se tornou epidemia no país. Na minha cidade, que é uma ilha, conheço muitas pessoas com nome de “João”, “Pedro” e “Paulo”, mas não conheço nenhum “Judas”, “Osama Bi Laden” ou “Saddan Russein”; de nome, é claro.
O nome pode também prejudicar. Tem gente que deve Deus e o mundo por causa do nome, ou seja, o que vale é andar com a marca, com a griffe, isso é mais importante do que ficar endividado ou com a reputação pessoal comprometida.
Tem gente que até morre por causa do nome, porque não importa quais conseqüências refrigerantes, uísque ou cigarros geram, mas se a marca está na mídia, isso é o que importa, “a vida é minha...”.
Brincar com o nome não é o problema, porque tem até apelido que passou a ser registrado como nome; o problema é com qual nome estamos brincando. Aqui no Brasil, “doido” é quem brinca com o nome de quem tem o poder de apagar o nome.
No mundo há um Nome que é muito usado. Usado de muitas formas; com jeito, sem jeito e de qualquer jeito. Um nome que é adorado e rejeitado, reverenciado e negociado. Esse nome é o Nome que está acima de todo nome: JESUS CRISTO!
Infelizmente muitos têm usado o nome de Cristo de forma vulgar e irresponsável, porque não vivem os padrões que este nome exige; ignoram o terceiro mandamento: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”.
Não tomar o nome de Deus em vão, não diz respeito somente à maneira, o modo, de falar. Está acima disso. Trata-se de uma relação de aliança e compromisso de viver em função d’Aquele que tem esse Nome, de defender e guardar a imagem que esse Nome reflete. É como o casamento de um homem com uma mulher, onde a mulher assume o nome do esposo.
Confeccionam-se adesivos com esse Nome e afixam nos automóveis, como se o nome em si, fosse mágico. Esquecemos que as letras J-E-S-U-S por si só são apenas letras e nada mais. Jesus ensinou isso dizendo: “Nem todo que me diz Senhor, Senhor, herdará o reino dos céus”. O apóstolo Paulo afirmou que a letra sem o Espírito é morta e mata. Admira-se o Nome, mas não se encarna a essência, a vida, que este Nome carrega.
Aquele que tem o Nome que é maior que todos os nomes, têm poder de mudar tanto a vida como o próprio nome de uma pessoa. Abrão, Jacó e Simão, por causa do Nome, mudaram de vida e de nome.
Sem nome é complicado conviver; sem engrandecer o Nome é difícil viver.
Sem nome ficamos sem Identidade; sem o Nome que está acima de todo nome, perdemos nossa verdadeira identidade: Semelhantes a Jesus.
“Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu Nome,...”

sábado, 13 de junho de 2009

MEU SILÊNCIO

Os dois silêncios da vida me encantam; o externo e o interior. Sou amante do silêncio, porém detesto a solidão. Meu silêncio não é reflexo de nostalgia, de lembranças do passado, nem de sonhos do futuro. No silêncio vivo o presente com toda intensidade.
Meu silêncio é o meu desejo de simplesmente ser e sentir; é também meu espaço particular onde só pode ser habitado por mim e por Deus. No silêncio consigo me encontrar comigo mesmo.
É no silêncio que tenho sensibilidade para ouvir o gemido da alma e as batidas do coração; meus tímpanos são aguçados para ouvir, não apenas o que a boca fala, mas principalmente o que vem do íntimo. No silêncio aprendi a emprestar meus ouvidos para quem não tem com quem compartilhar sonhos e desabafar frustrações.
O silêncio faz calar a minh’alma, anular minhas justificativas, destruir meus questionamentos, e matar minhas precipitações. No silêncio ouço o que não é falado, o que não é dito, o que não é revelado, por voz humana.
Meu silêncio não torna minha consciência muda; não me faz calar diante da injustiça; não permite que minhas convicções sejam abaladas; nem me deixa ser moldado por conceitos e princípios ocos e ruidosos.
No silêncio minha visão vai além do horizonte, chega aonde ninguém consegue chegar, e me faz perceber a beleza escondida nas coisas simples da vida. É no silêncio que minha intuição é estimulada e minhas percepções afinadas.
No silêncio sou ao mesmo tempo, esvaziado e enchido, esfriado e aquecido, diminuído e expandido; posso parar e correr; chorar e sorrir; nascer, viver e morrer num só segundo. Em silêncio caminho no meio da multidão sem sair do meu estado de graça e paz interior.
É no silêncio que sou levado ao santíssimo lugar, onde posso está com Deus face a face. É quando consigo ouvir o sussurro do Pai dizendo: Aquieta-te, estou aqui. E depois de ouvir a Sua voz, em silêncio me deleito Nele.
Silêncio! Não faz zoada. Deus gosta do silêncio, também.