A
euforia era grande! Estávamos todos contagiados pela alegria de vivenciarmos
algo incomum. Nesta aventura nos esquecemos de tudo que ficou para trás:
dívidas, contas a pagar, projetos a realizar, e principalmente das coisas
corriqueiras da vida que produzem em nós desejo por viver coisas novas.
Sentia-me como uma criança travessa, e via meus irmãos de igual modo. Parecia
que os tempos de outrora tinham voltados.
Ao
chegarmos às dunas fomos impactados pelas lagoas de águas transparentes. Ali
era a natureza pura, original e esplendorosa diante de nossos olhos. Ficamos
encantados com as maravilhas da criação de Deus. A sensação era que estávamos
em um pedaço do Paraíso. Eita! Até parece que eu já vivi no Paraíso. Na
verdade, essas coisas a gente só diz quando estamos embriagados pela beleza e
grandeza da criação. A imensidão das dunas intercaladas pelas lagoas; um vento
suave tocando o meu corpo, e um céu de um azul límpido, produzia em mim uma
reverência maior Àquele que é e que sempre será a razão maior de tudo que vivi,
vivo e que ainda viverei. Extasiei-me com a originalidade do que via e
mergulhei de cabeça na profundidade do que é belo.
Um
momento extraordinário ainda haveríamos de viver naquele paraíso terrestre, daí
aguardarmos até o final da tarde para contemplarmos o pôr do sol. Subimos em
uma das dunas mais alta e miramos o encontro do grande astro com a linha do
horizonte. Somente neste encontro é que os olhos humanos conseguem vislumbrar a
potência desta fonte luminosa. A mistura de cores e os raios solares incidindo
nas nuvens enfeitavam o céu e produzia um ambiente festivo e reflexivo ao mesmo
tempo.
Esta
aventura foi muito gratificante, mas acima de tudo foi um grande privilégio
poder viver com meus familiares momentos que nos aproximaram mais; tanto uns
dos outros como de Deus. Sem dúvida, as aventuras muitas vezes servem para
atiçar o que sentimos de mais precioso por aqueles amamos. Este dia, com
certeza é um dia inesquecível.