terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A essência do Natal

O Natal carrega em si duas realidades, a alegria de receber e o prazer de dar. Primeiro usufruímos da alegria maior de recebermos diretamente de Deus o melhor de todos os presentes, Jesus! Um presente incalculável, porque tem as melhores qualidades: Um menino nos nasceu, um filho se nos deu..., seu nome será chamado Maravilhoso conselheiro, Deus poderoso, Pai eterno e Príncipe da paz (Is.9:6). Segundo, ao recebermos este presente eterno, somos enxertados do amor cuja essência e subsistência está enraizada no prazer de dar e compartilhar. O Natal reaviva em nós a verdade de que foi pela graça de Deus que recebemos Dele tudo de graça, para de graça dar: Vocês receberam de graça; deem também de graça (Mt.10:8).

O Natal também produz em nós o sentimento de liberdade, porque o maior presente da vida é viver a vida em liberdade: Para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl.5:1). Houve um dia que Deus se fez gente por amor a gente, e neste dia houve uma grande festa celebrada nos céus e na terra, com júbilos, adoração e presentes (Mt.2:9-11). Neste caso, o Natal é semelhante à festa do Purim, que é a comemoração pela preservação da vida. Esta festa é cheia de alegria, de troca de presentes e de ofertas aos pobres (Et.9:19-22).
Que o valor desta festa se eleve acima de todos os mitos religiosos, radicalismos opressores e enganos malignos. Que não subestimemos o real sentido do Natal, ofuscando seu valor dando ouvidos a fatos históricos e fábulas enganosas. Que a nossa consciência do nascimento de Jesus não seja vituperada por conceitos humanos destorcidos, que faz o calendário ser maior que a razão de ser e existir.

Que a alegria deste dia especial seja adornada pela certeza de que Aquele que nasceu, viveu e morreu pela humanidade, um dia haverá de voltar cheio de glória e poder, para encher as pessoas de vida abundante e tornar assim o mundo melhor.
Um Feliz Natal, cheio de alegria, fé, esperança e amor.

Pr. Glaber Leitão

 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ipê amarelo

Já começava a duvidar se neste ano ele iria florir. Toda manhã ia para janela na esperança de novamente contemplar suas flores amarelas se destacando entre o verde comum. Na verdade ele insiste em sobreviver no meio das novas construções. Lembro-me que quando nos mudamos para aquele prédio foi no período dos ipês florescerem. Em São Luis esse período acontece entre os meses de agosto e setembro. Fiquei encantado na primeira vez que o vi da janela do meu apartamento. Aos poucos fui me apegando a ele sem mesmo perceber. Fiz dele uma fonte de inspiração para minha alma. No bairro onde moro as transformações estão acontecendo a passos largos, por isso sinto que os últimos dias desta bela árvore já se aproximam. A cada dia ela sofre os efeitos do desmatamento; seus galhos já estão secando e sua folhagem murchando lentamente.

Mas este ano foi diferente! Aquele Ipê me surpreendeu! Quando o vi, percebi que ele tinha produzido flores amarelas com uma tonalidade especial. Fiquei tão radiante diante da beleza natural daquela árvore que minha afetividade por ela ficou mais profunda. Foi aí que entendi plenamente o que o escritor francês Gaston Bachelard quis dizer em “Ensaio sobre as imagens da intimidade”: Toda matéria meditada, torna-se imediatamente a imagem de uma intimidade. Através da contemplação, eu e aquele Ipê nos tornamos íntimos. Ele, pela sua beleza exterior chamava atenção de todos, mas eu o admirava submerso na imaginação do que havia dentro dele. Estava sentindo na pele aquilo que o poeta alemão Hans Carossa afirmou: O homem é a única criatura da terra que tem vontade de olhar para o interior de outra. À medida que minha vista se concentrava na imagem exterior, minha imaginação mergulhava para o interior daquele Ipê. A verdade é que a beleza dele entrava em mim e eu, por meio da imaginação, entrava nele. Descobrir que toda sua beleza visível era tão somente o invólucro do extraordinário que compunha seu interior.
Os dias passaram, as flores e as folhas caíram, e aquele Ipê ficou despido de sua beleza natural. No entanto, sempre que o contemplava, minha mente insistia em olha-lo do lado avesso. E foi assim que descobrir que uma imagem só pode ser bem admirada quando nossa imaginação nos transporta para seu interior. Uma mente fértil de percepção descobre com facilidade que a qualidade do que há dentro do que se vê é que definirá o tipo de aparência que terá. Este princípio corresponde também à imagem humana, pois como escreveu o sábio Salomão, o coração alegre aformoseia o rosto. Ao lermos os ensinos do mestre Jesus ver-se que este princípio está implícito em suas palavras, ou seja, que em todo aparente encontramos mais realidade naquilo que se oculta do que naquilo que se mostra: “... porque a boca fala do que está cheio o coração”; “Não julguem apenas pela aparência...”.

Isto tudo só vem reforçar a realidade da velha contradição de que, no branco existe o preto secreto que só pode ser trilhado através da imaginação pessoal. Sendo que este preto interior pode se revelar como fonte de beleza ou de feiura, dependendo das qualidades escondidas nele.
Pela minha imaginação entrei no cerne daquele Ipê, e ele pela sua beleza entrou no meu âmago. Na verdade fiz o que Jean-Paul Sartre afirmou: “É preciso inventar o âmago das coisas, se quisermos um dia descobri-lo”. Com o aprofundamento desta imagem encantadora e bela, fui levado a refletir sobre a profundidade de meu próprio ser.
Antes de ensinar seus discípulos, quem sabe não foi isto que Jesus vivenciou ao afirmar: “Vejam como crescem os lírios do campo!”.

Tudo o que Deus criou é muito bom (Gn.1:31).

 

 


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Ansiedade

Ansiedade é quando o espaço da alma estreita, o pulsar do coração acelera e a respiração se transforma em agonia. Penso que toda ansiedade é fruto de um coração faminto da realização de um desejo.  Um desejo obsessivo produz ansiedade crônica até se transformar em ânsia mortal.   A ansiedade, por mais justificável que seja, é incômoda ao coração. Não é em vão que nas Escrituras encontramos as seguintes advertências: “Não andeis ansiosos por coisa alguma...”. “O coração ansioso deprime o homem...”.
 
Sem sombra de dúvida, por mais madura que seja uma pessoa, quando dominada pela ansiedade se desestabiliza com facilidade. Bem verdade é que, só ficamos ansiosos porque permitimos que nossa vontade suplante o tempo da concretude dos fatos. E no final de tudo, a intervenção humana atropela o curso natural da vida e os sonhos esmagam a lucidez.

Quando ansiosos, somos tomados pela precipitação e acabamos praticando o que no íntimo não queríamos; só depois é que descobrimos que fomos enganados pelo nosso próprio coração. O rei Davi depois que foi dominado pelo desejo e adulterou, reconheceu que foi traído pelo próprio coração: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro...”. O mesmo aconteceu com o filho pródigo, com a ansiedade satisfeita caiu em si e admitiu a fraqueza do coração. Nas páginas da História há relatos de tragédias que foram resultado de desejos descontrolados: Caim, Sansão, Faraó, Judas, Hitler e outros. Infelizmente eles foram dominados por aquilo que a Adélia Prado preferiu transformar em poesia: “Para o meu desejo, o mar é uma gota”.

Talvez a questão não esteja na ansiedade em si, até porque esta é produto do que alimentamos na mente e no coração. Acho que tudo depende do modo como lidamos com a vida que Deus nos deu. Se formos bem realistas, quanto mais admitirmos a efemeridade da vida, melhor lidaremos com nossos desejos e ansiedades. Tudo fica mais fácil quando entendemos que a vida não tem idade, tem intensidade. E aí o prazer de viver fica maior que o tempo vivido. Penso que foi isto que Jesus queria dizer aos seus discípulos ao interrogá-los: Que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

Dentre muitas coisas que me ajudam a lidar com as minhas ansiedades, as palavras do sábio Salomão soam de forma especial: “Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre tem prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos” (Ecl.9:11).
Por isso, diante da corrida da vida que torna a humanidade escrava da ansiedade, decidi viver em conformidade com a vida que Cristo viveu na terra: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois a amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia seu próprio mal” (Mt.6:34).

Se para você a vida é preciosa, então relaxe e goze dela intensamente! A Deus todo domínio!

 


 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

“... cada um morrerá por causa do seu próprio pecado” (Jr.31:30).

Por algum tempo vivi achando que no processo da vida Deus tinha sempre que meter o dedo, ou seja, tinha que está intervindo em tudo. Via Deus como um permanente vigia responsável por tudo ao seu redor. E de alguma forma, já também me omitindo de todas as formas, eu queria me esquivar das consequências dos meus atos e jogar toda responsabilidade Nele. Arvorei-me até de argumentos bíblicos pra justificar isto: Afinal de contas, Deus não está no controle de tudo? Não sabe de todas as coisas? A bíblia não diz que nenhum pardal cairá do céu sem o consentimento Dele?

Assim pensando e vivendo, insistia em querer enganar minha própria consciência. Meus argumentos até conseguiam, por um tempo, adormecer minha mente, porém eu era confrontado constantemente pela voz da consciência, e esta pela voz do Espírito de Deus no meu homem interior. Inquieto com esta voz é que fui buscar outra justificativa para prosseguir no caminho do engano. Aí passei a acreditar que minha vida era produto das ações dos meus antepassados. Abracei o ensino caduco e destorcido da maldição hereditária e justifiquei impiedosamente toda culpa das consequências dos meus erros sobre as vidas passadas. Mais uma vez usei a bíblia como âncora para fundamentar minhas próprias convicções: Os dez mandamentos não diz que Deus castiga os filhos pelo pecado de seus pais até a terceira e quarta geração? Não diz a bíblia que os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotaram? Pois é, novamente fui tragado pela arrogância de interpretar a Palavra apenas com a mente humana. Misericórdia!

Só que a base de minha formação cristã pesou muito mais, e a voz dos que me ensinaram os princípios fundamentais da Palavra gritou mais alto dentro de mim. Corri para Deus com o coração aberto e livre dos meus próprios conceitos. Voltei aos ensinamentos simples, leves e profundos de Jesus. Ao sentir na pele e na mente os danos que a teologia dos pregadores da pura letra produz, resolvi voltar ao início de tudo: Encontrar-me intimamente com Deus e amá-lo de todo o meu coração.
E à medida que me entregava a Deus, Ele ia me esvaziando e me limpando de tudo que era ensino puramente humano e me enchia das verdades ensinadas por Jesus. Entendi que a soberania, o poder e a vontade de Deus, não são medidos pelo que Ele faz ou não neste mundo. Compreendi que minha vida e minhas ações não determinam o agir de Deus e muito menos o seu valor. Deus é maior do que tudo que Ele fez, faz e fará. Admiti ser muita pretensão e arrogância da parte do homem querer determinar as ações de Deus no mundo, e assim transferir seus erros, como Adão fez no início. Fiz da oração de Davi a minha oração: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem para que com ele te preocupes?”.

Hoje, pela misericórdia de Deus, deixei de ser menino levado por todo vento de doutrina. Aprendi que quem assume seus próprios erros é porque sabe que tipo de natureza carrega no seu corpo, e que somente pela graça maravilhosa de Deus alcançará o seu favor. Como canta Kleber Lucas: “Foi a graça, foi pela graça; não sou mais o mesmo eu sei”, eu também sei que foi pela graça de Deus que fui transformado.

A Ele toda glória! Eternamente, amém.



 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Simplicidade

Se existe algo fácil de falar e difícil de viver isto se chama: Simplicidade. Pra começo de conversa, simplicidade e naturalidade são coisas inseparáveis; quanto mais natural formos mais simples seremos. A verdade é que o ser humano gosta de complicar as coisas. Até pra nascer já não se nasce mais como antigamente. Parto normal se tornou novidade e cesariana passou a ser regra geral. Incrível é vê que o Criador só precisou de poucas palavras para criar todas as coisas, no entanto, inventamos tantas coisas para poder gerar alguma coisa de verdade.
 
Perdemos a simplicidade porque esquecemos que simples mesmo é tudo o que já existe e estar ao nosso dispor, só precisamos aprender a usá-los da forma mais natural possível. Quer vê uma coisa; hoje a maioria do que se come já não é natural, é artificial. Não se chupa mais laranja, se faz suco de laranja e ainda se põe açúcar. Ah! Que saudade daqueles tempos em que se comia fruta tirando-a direto do “pé”. Acho que chupar a laranja é mais simples e menos complicado do que fazer o suco. Vejamos os meninos de hoje..., já não transformam as coisas naturais em brinquedos, porque basta comprar que já vem feito. Tive o prazer de fazer meus próprios brinquedos usando materiais tirados da própria natureza. Eram simples, mas de valores incalculáveis. Velhos tempos! Belos dias!

O problema é que nunca nos conformamos em usufruir a vida com o que realmente é essencial para nós. Sempre buscamos algo além do que a própria vida nos oferece, e aí acabamos complicando tudo e perdendo a simplicidade. Penso que o Rubem Alves ao escrever “O tempo e as jabuticabas” tem razão ao dizer que: O essencial faz a vida valer a pena. É na simplicidade que aprendemos a olhar as coisas como elas realmente são, tanto na beleza externa como na essência. Uma das marcas de Jesus ao passar por este mundo foi a simplicidade no modo de viver e ver a vida. Ele tratava os problemas da vida usando o modo simples e natural de como as aves do céu viviam e de como os lírios do campo cresciam. O olhar de Jesus era um olhar simples, livre de adereços artificiais, por isso conseguia olhar o que estava oculto aos olhos naturais. Mesmo sendo o criador de todas as coisas, Jesus abraçou a simplicidade e desafiou os seus seguidores também a isto. Antes mesmo de contemplar as maravilhas de sua criação, Ele primeiro aprendeu a usar com simplicidade as maravilhas que já havia nele mesmo: a capacidade de ver, ouvir, tocar, provar, cheirar, sorrir e amar.
Simplicidade é um estilo de vida que só pode ser explicado usando-se argumento antagônico, e isto o apóstolo Paulo fez muito bem ao revelar seu modo de viver: “... entristecido, mas sempre alegre; pobre, mas enriquecendo muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (II Co.6:10).

Sendo assim, só nos resta ser: “... simples como as pombas” (Mt.10:16).

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Certo ou errado? Eis a questão.

Será que isto ainda tem alguma importância hoje? Será que ainda há algum espaço no pano de fundo do cenário mundial, cuja questão ainda pode ser levada a sério? Até porque, convenhamos, na atual conjuntura esta coisa de certo e errado já está mais do que fedido e ultrapassado. Será que ainda há alguma dúvida de que os princípios nobres foram engolidos pelo relativismo da vida secular? Mesmo para os alienados, o discurso está sacramentado: Ninguém é dono da verdade. Não é mesmo? Para os liberais, todos somos pecadores, daí ninguém deve fazer qualquer tipo de julgamento, e ponto final. Para os conservadores, certo é tudo que cabe na caixa da religião que se abraça; daí cada um dará conta dos seus atos a Deus. Também ponto final. Hum... Essa ladainha é velha e já sei aonde vai dá, é o que muitos dizem. Calma! Fica frio. Todo mundo é livre para engolir, dizer e fazer o que quer. Então, relaxa! Vamos seguir em frente.

Comecemos pelo sentido da palavra. Certo é tudo que está em conformidade com a Lei, ou seja, de acordo com os princípios do direito legal. É só assim que algo se torna legítimo e permitido pela sociedade em geral. Poxa..., na linguagem jurídica fica lindo, mas e na vida real como fica? Trazendo para o contexto das Escrituras, o certo e o errado são definidos pelo conhecimento do bem e do mal, e estes por sua vez pelo que está escrito na Lei. Na verdade este conhecimento é o grande causador do dilema entre o certo e o errado. Tudo bem; concordo que o povo perece por falta de conhecimento. Mais também não devemos ignorar que o pecado se consumou pelo conhecimento, já que os primeiros humanos desejaram saber o que não era para saber. Foi Deus mesmo quem determinou que eles não comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ah! Então encontramos a justificativa para não nos preocuparmos com esta questão. O problema então é de Deus que fez o conhecimento. Logo, de agora em diante vale tudo e pode tudo; curto e grosso. E assim, eis o mundo com suas mazelas.

Pare! Isto é loucura. Jamais devemos colocar a culpa em Deus. Não devemos esquecer de que tudo que Deus faz é bom. Então, admitamos, o problema está em nós. Parece que a coisa já está começando a criar rumo certo. Será? A partir de agora surge outra justificativa: O problema é do outro, ou melhor, é do próximo. Pois é, sempre alguém tem que pagar o preço pelos nossos erros. Adão é o pai desta justificativa. Eu fiz o que não era certo e a culpa é da mulher que tu me deste, disse ele a Deus. Coitado do outro. Mas o outro também encontra outro motivo de justificativa dos seus erros. Agora é que a coisa complicou de uma vez. A culpa de praticarmos o que é errado não é nem de Deus e nem do outro; então de quem é? E imediatamente se pensa e se ouve ao mesmo tempo: Nem vem, minha é que não é!

Antes mesmo desta culpa esbarrar em mim, acho melhor a gente parar com esta babaquice de querer saber se algo que se faz é certo ou não. Porque no final das contas o que importa mesmo é cada um cuidar de sua própria vida. Até porque, como diz as escrituras, nossa liberdade não deve ser julgada pela consciência dos outros (l Co.10:29). O discurso poderia terminar aqui. Só que há uma voz que não quer calar, a voz da nossa consciência. Aquela voz que a gente pensa que saiu, mas continua dentro da gente. É a voz da gente falando pra gente mesmo. É aquela consciência descrita pelo apóstolo Paulo, se referindo aos gentios: “... Disto dão testemunho também a sua consciência e pensamentos, ora acusando-os, ora defendendo-os” (Ro.2:15). Penso que acima do mero conhecimento do que é certo ou errado, deve vir primeiro o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera (I Tm.1:5). Se é certo ou errado, isto nem sempre eu sei. Mas uma coisa eu sei: “O amor cobre uma multidão de pecados” (I Pe.4:8).

 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Meu desejo para Casa do Senhor em 2014

Mais um ano se inicia, e com ele vêm novos planos, sonhos, expectativas e esperança. Um novo ano trás sempre a chance de recomeçar o que foi inacabado no ano que passou. Para aqueles que têm a consciência da existência do Ser supremo é mais uma oportunidade de renovar a aliança e o compromisso de viver um ano sob a dependência e proteção divina. Agregado a este compromisso abre-se o coração para que no novo ano as virtudes de amar, partilhar e perdoar se dilatem mais e mais dentro e fora de nós.
Meu desejo como pastor e integrante da Comunidade Casa do Senhor é que neste ano desenvolvamos uma consciência maior do que somos e de quem somos como filhos e povo de Deus. Creio que só com uma consciência sadia, fruto do efeito da palavra de Deus na mente e no coração, que seremos um povo sadio e com uma expressão de vida coerente com o que proclamamos. Creio que a boa consciência impede de perdermos o rumo que conduz à verdade e a simplicidade do Evangelho.
Só para clarear e aguçar a memória sobre o que e de quem realmente somos é que faço a seguinte relação:
Ø  Somos criação de Deus, feitos conforme sua imagem e semelhança.
Ø  Somos filhos de Deus, feitos para sua glória.
Ø  Somos família de Deus, por isso é que somos conhecidos pelo nome de cristãos.
Ø  Somos povo de propriedade exclusiva de Deus, nação santa e sacerdócio real.
Ø  Somos a Igreja, mas sendo Igreja como corpo de Cristo.
Ø  Somos sal e luz para um mundo em trevas, desde que o sabor do sal e a claridade da luz sejam frutos das nossas boas obras que levam outros a glorificar a Deus.
Ø  Somos extensão de Deus em um mundo sem Deus.
Ø  Somos pessoas de boa vontade que o mundo precisa conhecer.
Ø  Somos os porta-vozes de Cristo para promover as boas novas do amor infinito de Deus.
Ø  Somos daquele que está acima de tudo e de todos; o Soberano!
Ø  Somos daquele que tem a maravilhosa graça que superabunda sobre o pecado.
Ø  Somos daquele cujo amor e misericórdia não têm fim.
Ø  Somos daquele que tem o poder de abrir e fechar, de tirar e acrescentar.
Ø  Somos daquele que nos tirou das trevas para luz.
Ø  Somos do Pai e para o Pai vamos.
Proclamo para Casa do Senhor que em 2014 seja derramada sobre nós, de forma abundante, da unção do Espírito, para que a terra que pisarmos deixe de ser seca da presença do Senhor. Que sejamos uma geração de filhos de Deus cada vez mais parecidos com Jesus, e assim nossos descendentes sejam impactados e venham também a afirmar como nós: Pertenço ao Senhor. (Isaías 44:3-5).
Glaber Leitão