Na vida cristã muita vezes somos como um Mergulhão, ave
aquática que mergulha para comer do que tem no mar, mas não se deixa ser guiado
pelas águas serenas deste imenso mar. Infelizmente os cristãos de hoje, na sua
maioria, preferem viver apenas na superfície do rio de águas vivas. Porque não mergulham
na graça poderosa do Espírito, ficam na espreita de migalhas espirituais respingadas
pelas correntes do rio claro que sai do trono de Deus (Ap. 22:1).
A realidade cristã é de um povo sedento, porque não bebe
do poço de Deus. Uma Igreja que vive molhada pelas águas do engano, da vaidade
e da mentira; que tem a aparência de estar inundada das coisas que vem do
Espírito, mas no seu interior só há secura de tudo o que é santo, limpo e
sagrado. Esqueceram que é impossível sair água doce e água amarga da mesma
fonte (Tg.3:11). Corações que vivem encharcados pelos prazeres deste mundo, e que
preferem beber das águas amargas de Mara, do que mergulhar nas fontes de Elim,
onde há águas límpidas que refrigeram a alma (Êx.15:22-27).
Mas no meio deste caos religioso, há ainda os
remanescentes, os verdadeiros adoradores que aprenderam a saciar sua sede na
fonte de água viva, Jesus! A estes o Senhor conclama não apenas a beberem, mas
também a serem ribeiros transbordantes de águas que jorram para a vida eterna
(Jo.4:13). Porque buscaram satisfazer seus desejos mergulhando no manancial da
vida, chegará o dia em que usufruirão do rio cujas correntes alegram a cidade
de Deus, o Santo Lugar onde habita o Altíssimo (Sl.46:4).
Na minha caminhada com Deus, aprendi que não basta só
nadar neste rio da vida, mas é preciso também mergulhar para poder experimentar
a beleza do que tem nas profundezas da Fonte Eterna. E foi assim que perdi o
medo de me afogar, porque resolvi mergulhar na presença Daquele que não apenas
limpa o corpo, mas também encharca a alma e o espírito da pureza que vem Dele
mesmo.
À Cristo toda glória. Eternamente, amém!